#135 – Aula para Bruxas: BruXas & BruCHas (identificando)

Chegamos no limiar entre a era tecnológica e a era espiritual – onde os praticantes da tida “magia”, não tem o trabalho que outrora os precursores dessas praticas tinham.  Estamos na era das substituições e eliminações… o sagrado não é mais respeitado, o espiritual é corrompível, e um titulo não é mais conferido, é auto adquirido.

Na antiguidade, uma pessoa, para ser um “Oráculo” isso é, uma pessoa que tem capacidades de trazer informações do mundo espiritual para o mundo comum dos homens, precisava ser escolhido por outro oraculo – pois não era o homem que escolhia, ou era o mundo espiritual, ou era os deuses… – então essa pessoa era treinada para servir ao mundo espiritual, ou os deuses… hoje não é mais assim, hoje em dia, a pessoa se afeiçoa com a palavra, compra algumas revistas, livretos e pronto, se torna, chamo isso de “processo de auto aquisição de poderes”.

Quando os “praticantes” de magia não possuem determinadas ervas para seus “feitiços”, eles não se dão mais ao trabalho de ir atrás, de procurar, ir nas matas, pesquisar em livros, comparar ervas, ou importa-las (para fazer um bom trabalho, um exímio trabalho…), eles simplesmente substituem uma erva por outra – talvez porque seja mais fácil isso, embora isso não seja correto (uma erva de sabor doce, nunca será igual a uma erva sem sabor – e ate isso é importante na magia; não existe possibilidade de substituições, embora as pessoas não percebam isso, não há como substituir canela por gengibre, são gostos e tons diferentes, almas diferentes, força espiritual diferente…) – mas esses pequenos detalhes não está para os curiosos, mas sim para os verdadeiros buscadores.

Na atualidade as pessoas curiosas se consideram “Bruxas”, e as reais “Bruxas” que não as pessoas que buscam com afinco o conhecimento que é inerente a sua espécie, se cala.

As pessoas curiosas falam “com propriedade” sobre o que desconhecem, inventam, criam, supõem, acham… e disseminam uma cultura de desinformação que só cresce…

Tais pessoas não estudam, não comparam, não se aperfeiçoam, são meras curiosas tentando ensinar ao mundo sobre praticas que elas desconhecem – mas que de alguma forma, adquiriram conhecimento por “osmose”, por “inspiração”…

Bruxas de verdade, são aquelas que estudam sua cultura, que praticam verdadeiramente (que realmente vão ao mato, aos campos, a encruzilhada… que não é bruxa apenas porque existe internet, ela é bruxa por outras questões…)…

A bruxa de verdade, estuda, ler, compara, pratica, pergunta, se comunica com outras pessoas de sua comunidade, tira duvidas e faz o conhecimento perpetuar – ela é bruxa por ter nascido bruxa, não porque alguém a iniciou em um “culto de bruxaria”, a Bruxaria de verdade sabe que não existe possibilidade de se “fabricar uma bruxa”, não existe religiões de bruxas, nem muito menos iniciações de bruxas – ela sabe que é bruxa por direito de nascença – porque o sangue bruxo não esta vinculado a carne, é algo espiritual, ela pode ter nascido em uma família de evangélicos, o sangue espiritual dela é único, e ela (a bruxa), nasce onde ela bem entender.

Os atuais praticantes de magia, praticam com afinco uma cultura de eliminação… se eles não tem determinado objeto ou item, eles simplesmente “seguem em frente” sem ele… se falta velas, tudo bem; se falta uma erva ou uma pedra especifica, tudo bem… e assim vai sendo… se não tem, não é obrigatório, ou não é necessário, ou os deuses não precisam.

Estamos vivendo no limiar da era espiritual e da era tecnológica, e nesse momento que percebemos quem é de verdade e quem não é…

Kefron Primeiro.

 

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